Yolanda Space

quarta-feira, setembro 21, 2016



Ouvi hoje na rádio uma pequena entrevista feita a pessoas que acompanham familiares em acontecimentos irreversíveis. Exemplificando, a esposa que acompanha o marido que ficou paraplégico e condenado a uma cadeira de rodas. A senhora agradecia o apoio que recebia nas reuniões de acompanhamento psicológico pois assim conseguiu olhar para a sua vida de uma forma mais leve.
E eu pensava: devem existir estas reuniões para quem também tem a Alma em cadeira de rodas!

Como será bom reconfortar as almas doridas, fragilizadas pela falta de afecto que contamina o mundo a olhos vistos, reconfortar as Almas que desistiram de si, que se amputaram aos poucos, que deixaram a tristeza congeminar as horas dos dias… Aliviar o peso da inconformidade que vai desgastando os que não actuam. Hoje pensei mais nos doentes de Alma que os doentes de Corpo. Talvez eu também tenha a Alma constipada, apenas… 

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