Dói-me, dói-me a alma!
Quero fechar todas as janelas e portas
Que me confundem e consomem...
Que me deixam tão sózinha
Ao frio e à chuva,
Ao vento cortante e gelado
Do mundo que não me compreende...
Estou ferida, terrivelmente ferida...
E não há olhos que o vejam...
Tantos odores se confundem
Com o do meu sangue exposto...
Tantas lágrimas se escondem
Na cor do meu rosto...
Já não tenho pai, já não tenho mãe...
Um colo qualquer onde chorar...
Estou largada à minha sorte
Já não tenho quem me queira amar
Já não tenho ninguém
Só que não quero esperar a morte...
Dói-me, dói-me a alma...